domingo, 30 de dezembro de 2007

Fim de ano


Rio 40 graus, final de dezembro de 2007.
Praias lotadas, bares lotados, calor de rachar o bico.
Nenhum tiroteio nos jornais. Renan foi eleito o Mala do Ano (coluna do Artur Xexéo). Até o bispo - o do Rio São Francisco, ganhou o mala de batina. Também pudera: neurônios não agüentam duas greves de fome.
As homenagens a Iemanjá já começaram a ser apresentadas na orla. Ontem fomos no Recreio dos Bandeirantes, freqüência preferida dos yelows - a turma que usa a linha amarela. Em Minas são os pés vermelhos - os que moram na periferia. Nenhum conflito, mas farofas para todo lado.
Fim de tarde na Barra da Tijuca (foto).
De noite amigas de longos anos. Luciana quer editar em livro as crônicas do pai, publicadas no JB "Coluna do Castello".
Em Ipanema tudo fica tranqüilo depois da meia-noite e o trânsito, mais suportável. De dia não perde pra São Paulo.
Nas margens da Lagoa Rodrigo de Freitas montes e montes de gente querendo ver as luzes da árvore de Natal. Amanhã é o dia. Já adquirimos os condimentos e cheiros para o banho de final de ano mas estamos em dúvida se em Copacabana ou na Lagoa. Tudo por causa do trânsito. Em Copacabana é lindo. Milhares e milhares de pessoas felizes acreditando que daqui pra frente tudo vai ser diferente. Eu também.
Não custa nada fazer uma fezinha.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Doutor do Samba e o DJ Biló


Meio desligado do blog porque andei viajando por aí: Rio e Camburi.
No Rio fui levar trabalhos para clientes e ver o show do "doutor do samba" Paulinho da Viola no Canecão. A Valéria Colela, diretora artística e amiga de muitos anos, sempre me oferece uma mesa privilegiada. Paulinho contou pequenas histórias e cantou com um novo arranjo a música Nervos de Aço. Disse que, recentemente em Porto Alegre, um gaúcho falou que ele cantava com o arranjo diferente do original. O arranjo que Lupicínio Rodrigues cantava.
Sinal fechado foi a música que me marcou no iníco da sua carreira.
Olá como vai
Eu vou indo e você tudo bem
Tudo bem eu vou indo
correndo buscar meu lugar no futuro
E você...

No fim de tarde no Mirante do Leblon , com a Valéria e Ângela Tostes bebemos água de coco e abordamos os temas da vida. Que é bonita, é bonita e é bonita.
Em Camburi cuidando das casas para o verão de 2008.
Lá tomo banho nu no Rio das Pedras, ouço tucanos e uma infinidade de cantos de pássaros. Baixo a guarda para os trampos paulistas e de vez em quando volto pelas curvas da Estrada de Santos.
Agora no final do ano vou para Minas discordando do poeta de que "Minas não há mais..."
afirmo que Minas sempre há e haverá.
Em janeiro volto pra Sampa.
No final do mês vai ter um evento no SESC Ipiranga - Maestros Mecânicos.
Homenageando os DJs que usam o vinil.
Vou mostrar fotos que fiz em 2006 no Baile do Clube Neaderthal no bairro da Penha em São Paulo. Em maio daquele ano, com texto do Jotabê Medeiros, fizemos uma matéria para o Caderno 2: Só preto sem preconceito.
Neste itervalo as festas de fim de ano.
Viva 2008!



terça-feira, 27 de novembro de 2007

Galeria de fotografias


Fiz uma remodelagem no meu apto para a festa dos 61 anos. Pintei a sala coloquei novas fotos na parede. Algumas instalações e objetos foram espalhados na mapoteca, na mesa e nos arquivos.
Depois da festa a exposição ficou.
Vou fazer da sala uma galeria de fotografias.
O diferencial é que as visitas serão agendadas com atendimento personalizado.
A primeira mosta são as fotos, objetos e tramas da exposição Desobjetos. A fotografia expandida, que ja foram exibidas (junho/julho 2007) no Rio, Belo Horizonte, Romaria e na Biblioteca Nacional de Brasília.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Cooperartista

Reunião na Rua Apa - 14/11/07

Em 2007 estou voltando aos anos 70 e entrando numa cooperativa de artistas a Cooperartista - Associação de Artistas Visuais do Brasil .
Na última quarta feira foi a reunião na nova sede na Rua Apa, no bairro da Barra Funda em São Paulo.Tem tudo para ser contruido. Pintar o imovel, preencher com mobiliário, acertar as contas, promover um leilão, etc e tal e coisa. Se fizermos um plano de ação com metas e objetivos vai rolar.
O espírito cooperativo não arrefeceu em mim. Continuo firme acreditando que vai dar certo.
Roberto Aguilar é o novo presidente. Demostrou interesse no crescimento da cooperativa e receptivo a novas idéias. Os artistas presentes na reunião também estão com fôlego.
Em breve vocês vão ter mais notícias.
No próximo dia 6 de dezembro vai ser reaizado um leilão com o objetivo de levantar fundos para a Cooperartista.


segunda-feira, 12 de novembro de 2007

20 minutos


No meio do dia 15 de outubro um incêndio provocado acidentalmente por uma mulher que queria matar insetos com uma tocha destruiu completamente a aldeia Halataikwa da Etnia Enawene Nawe, nas proximidades de Juina no noroeste de MT. Todas as doze casas comunais que abrigam 510 pessoas foram queimadas em menos de vinte minutos, inclusive a casa das flautas sagradas do Yãkwa.



A cobertura e as divisões internas das casas (hakolo) são feitas de palhas de buriti e por estarem extremamente secas e quentes no horário do acidente (meio dia) praticamente não houve tempo de retirar os pertences e alimentos guardados no interior das doze casas, com aproximadamente 50 metros cada. O vento era forte e tochas de fogo de dezenas de metros jogavam fagulhas que fizeram generalizar o incêndio e muito pouco foi possível salvar. Pilões, peneiras, bacias, raladores, redes de dormir, adornos, panelas de barro e de alumínio, facas, facões, machados, material de pesca, além de grande quantidade de massa de mandioca e milho foram totalmente queimados.
Estas fotos foram realizadas em maio de 2006 durante o Yãkwa - Festa para os espiritos subterrâneos.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Almir dos Remédios, o Tã.

Almir dos Remédios, o Tã - fotos de Juvenal Pereira

Concluindo e querendo mudar o conceito de que a vida de pescador é “acordar cedo, ir pra pesca, voltar a tardinha e acabou” Almir Tã iniciou sua bilbioteca quando fazia uma faxina numa casa ha dez anos atrás e achou “20 livros que ninguém mais lia”. Colocou estes livros numa estante que fez, um barquinho, no alpendre de sua casa na Ilha do Triunfo, perto de Paraty-RJ e hoje, a biblioteca comunitária, aberta 24 horas por dia, tomou vulto. O ambiente é decorado com suas pinturas e esculturas, peixes, pássaros e barcos. Um universo singelo com a contundência das coisas que estão no lugar adequado, na hora certa.
Igreja de São Pedro e São Paulo
Ilha do Araújo faz parte do arquipélago que acompanha o litoral da Baía de Paraty, em frente à Praia Grande. É ligada ao continente por um serviço de barcos que atravessam o estreito em 10 minutos
Na construção da sua biblioteca recebeu doações: “De amigos que tem este prazer da leitura e de fazer com que a leitura chegue a alguém”.
Biblioteca

Sua biblioteca é composta de algumas centenas de livros didáticos, dicionários, romances... de quase tudo. “Isto para um pescador caiçara, analfabeto começar a se envolver com uma biblioteca é uma coisa de maluco. Hoje para o Ministério da Educação quem não tem uma boa leitura é considerado analfabeto. Eu sei escrever. Não tenho uma boa leitura. Fiz a 4a. série com uma pessoa que nem era professora. Não tinha diploma de professora, quer dizer, era uma voluntária. O que é considerado semi-analfabeto.
Hoje o meu conceito de vida é que o que não pude ter pra mim eu quero que os outros tenham. Eu acho que consegui, ao longo de dez anos de biblioteca, mudar uma cultura. Estou mudando uma cultura. Porque a cultura da pesca é acordar de manhã cedo, sair para pescar, voltar à tardinha e acabou. A minha expectativa com relação à biblioteca é poder levá-la para outras comunidades, de barco ou por via terrestre: uma biblioteca itinerante. Eu estou dando um incentivo para a pessoa chegar, pegar um livro da biblioteca e se ainda tiver um tempo, dividir o cansaço dele com um livro pra ler ou um aluno que vem da escola onde fica o dia inteiro e dedicar uma hora ou duas horas a uma leitura. Acho que isso é um potencial, até pra mim. Eu sou um pescador e não tenho o hábito de ler. Tenho o hábito de escrever. Por pior que seja minha caligrafia, eu tenho um livro escrito (refere-se a Cultura Caiçara, uma publicação caseira, de 2003, em xerox tamanho A-4, com encadernação em espiral, ilustrada com fotos de Érika Koch, na qual explica as técnicas e utensílios de pesca (covo, tarrafa, puçá e outros), narra algumas lendas e mitos locais (a mula sem cabeça, as sereias do Araújo) e assina com seu nome artístico: Almir dos Remédios, o Tã.
Texto baseado em depoimento colhido por Miguel Paladino
Associação Casa Azul - Paraty – RJ
Contatos
Almir dos Remédios (24) 9841 8752
Associação Casa Azul (24) 3371 7082
ACA São Paulo (11) 3078 1693 / Miguel Paladino

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Ética no Fotojornalismo


No dia 29 de outubro vou participar da mesa "Ética no Fotojornalismo" na FNAC Pinheiros promovida pela Aliança Internacional de Jornalistas. Também no mesmo dia será inaugurada uma exposição de fotografias enfocando o tema do debate e esta foto/objeto vai estar exposta.
Fotografei para a Folha de S Paulo um dia antes da eleição para a prefeitura na casa do candidato, perto das 12h da manhã de sábado.
Como a editoria de fotografia do jornal tinha uma visão arejada e crítica a foto foi publicada na capa da edição de domingo e depois foi escolhida pela Revista Imprensa como uma das melhores fotografias jornalísticas de1988.
É peça única e faz parte da instalação "Circo Universo"que vou fazer no Instituto Tomie Othake em 2008/9.
Quem gostar do tema e de fotografias apareça por lá
FNAC Pinheiros
Av Pedrso de Morais, 858, quarto andar - entre 19 e 22h.
São Paulo


quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Demetre - O grego forjador

Santuário de Nossa Senhora da Abadia, Romaria - MG
Em julho de 1932 o jornal O Romeiro, editado em Água Suja - MG noticia que foram necessários mais de mil carradas de pedras, transportadas em carros de boi, para construir o Santuário de Nossa Senhora da Abadia. Hoje a cidade tem três mil habitantes no perímetro hurbano e mais dois mil no rural. Quando me mudei de lá em 1955 era cercada pelo cerrado com cajus, gabirobas, cagaiteiras, mangabas, jenipapos e as vacas bravas da fazenda do Carlito. Passagem obrigatória para quem queria ir dar um tibum no Rio Bagaben. Alí foi construida uma barragem pelos holandeses - vieram atrás de diamantes. Os aguasujenses apelidaram o local de "registro". Lá tinha e ainda tem diamantes. Hoje a cidade é cercada por plantações de soja, café, sorgo e um garimpo de aluvião permitido e não permitido.

Demetre Jean Pelichos em três fases Grécia 1953 Coromandel-MG1968 , Romaria - MG 2007
Em 1935 o forjador Demetre Jean Pilicho nasce na Grécia. Em 1953 foi militar no exército grego. Em 1956 chegou no Brasil e foi trabalhar como ferrador no Joquey Clube de São Paulo. Em 1968, à caça de fortuna, foi garimpar diamantes em Coromandel-MG. Não ficou rico e atribui às mulheres o surrupio de suas economias. Em julho de 2007 o conheci na casa lotérica de Romaria (ex Água Suja). Foi tentar a sorte. Me disse que um dos seus sonhos é falar com o Silvio Santos no programa de televisao.


Casa do Demetre em Romaria, forjando um facão e a faca que comprei sendo usada no aniversário de 49 anos da Marilia.

Sua casa/oficina é construida com caibros e madeiras recicladas. Plástico preto como paredes. Cobertura de Eternit e a privada é daquelas de furo no chão cercado de tábuas para a posição de cócoras. O chuveiro é um balde (içado por roldana) com a dose certa de água para um banho econômico. O fogão tem uma única boca.
Entre as milhares de coisas da sua oficina, além de todas as cartas recebidas e seus documentos, tem a forja, a bigorna, discos de arado para serem cortados no esmeril. Modeladas, forjadas e transformadas em facas únicas com uma lâmina de corte afiado.
Demetre também viaja pelo interior de Minas Gerais vendendo suas facas, facões, roupas baratas e o artesanato que faz com contas e missangas.
Por tê-lo entrevistado me presenteou com uma faca. Comprei outras duas que hoje me ajudam na cozinha.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Sustentabilidade - Bio Fach

Stand da OCTA - Organização do Tratado de Cooperação Amazônica


Sustentabilidade é a palavra da moda. Envolve uma teia de exigências: responsabilidade social, respeito ao meio ambiente, ao indivíduo e progressista. Parece até coisa que vai dar certo com as boas práticas.
A BioFach - Feira de produtos sustentaveis da biodiversidade - Expo Sustentat, acontece entre os dias 16 e 18 de outubro no Hotel Transamérica em São Paulo.
Vale o deslocamento até lá. Vários produtores do Brasil, desde a Amazônia até os Pampas, do Mato Grosso do Sul ao sertão de Pernambuco mostram produtos orgânicos e certificados almejando importadores europeus e americanos, conscientes de que o produto orgânico é mais saudável.
A certificação orgânica é uma exigência destes mercados e os expositores, todos, têm esta certificação.
Embrapa, WWF-Brasil, Sebrae, Banco do Brasil e várias outras organizações apoiam o evento.
Arroz vermelho, açai, shochu de mandioca orgânica, Arte dos Aromas da Amazonia, Avive (essências e sabonetes), geléia de umbu, óleo de palma, copaiba, morangos desidratados orgânicos e muitos outros produtos que motivam o pensamento a acreditar que ainda tem chances para o planeta. O jornalista holandês Meindert Brouwer lançou o livro Amazon your bussines - Opportunities and solutions in the raiforest - o primeiro guia mundial sobre produtos sustentáveis da Amazônia. O livro aponta para o conceito moderno da sustentabilidade - que inclui conservar a biodiversidade, reduzir a pobreza e fazer dinheiro com isso. Enfatiza que a Amazonia é uma marca mundial poderosa.
Fui lá ver o stand da WWF-Brasil que tem algumas fotografias que fiz no Acre e no Amazonas de comunidades apoiadas por eles. Aproveitei dando um tour pela feira. Degustei doces, salgados, farofa de pequí, açai, vinho, banana passa...

Leilão de fotografias

Foto do Compay Segundo, por Ana Carolina Fernandes, para ser leiloada

É admirável o envolvimento do Emidio Luisi pela causa fotográfica. Ele é fotojornalista há muitos anos. Documentou diversas fases do trabalho do Ballet Stagiun. Recentemente lançou o livro Stagium 35 anos. São belíssimas as imagens.
Periodicamente coordena workshops na sede da Fotograma, no bairro do Sumaré em São Paulo. http://www.fotogramaimagens.com.br/. Administra a Fotograma Imagens com um banco diverso de fotografias.
Foi curador do Primeiro Leilão Nacional de fotografias realizado em agosto de 2007, na Hebraica em São Paulo, e ontem coordenou outro leilão de fotografias: no Teatrix, bem perto do MASP.
As vendas não foram muitas, mas ali, tomando uma cerveja gelada e assistindo, de camarote, à apresentação de fotografias - dos mais destacados profissionais do Brasil -, foi um show!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Quilombolas


Um novo desafio. Coordenar a gravação do vídeo institucional Todos juntos pelo Vale do Ribeira, pedido pela Editora Umbigo do Mundo para seu cliente o ABN-AMRO
Esta é a equipe numa área de preservação ambiental na Comunidade Pedro Cubas nas proximidades da cidade de Eldorado - SP.
O projeto contempla o plantio de 20 mil mudas de espécies nativas e serão capacitados diversos agentes quilombolas para as atividades de coleta de sementes, produção de mudas, plantio e monitoramento, gerando renda para as comunidades tradicionais da região com o apoio do banco através de um de seus braços a Aymoré Financiamentos. Serão plantadas 1.600 mudas por hectare para a formação de floresta, que, além de inúmeros benefícios ambientais, tem a funcão de fixação do carbono.
As atividades de campo previstas serão realizadas por famílias de quilombolas das comunidades envolvidas no projeto que irão coletar e processar as sementes, produzir as mudas, preparar a área a ser reuperada, realizar o plantio e, depois, monitorar a área permanentemente, recebendo diárias pelos serviços executados, trasformando a atividade de recuperação em fonte de renda.
O vídeo tem a direção de Vitor Novais , camera de Renato Suzuki, entrevistas feitas por Ruth Barros, locução de Daniel Honorato e Juvenal Pereira na coordenação.
Outros parceiros deste projeto: Instituto Sócio Ambiental e Iniciativa Verde que fará o acompanhamento técnico do projeto com engenheiros florestais e com a comunidade local.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Gabiroba

Flor de gabiroba

Estamos no início da primavera. Em novembro as gabirobas estarão no ponto.
Quando criança, em Água Suja (hoje Romaria - MG), a época da gabiroba era especial e apanhadas em pequenas moitas. Esta é a flor de uma árvore, no Vale do Ribeira, na comunidade quilombola Pedro Cubas, perto de Eldorado.
Fomos lá documentar a comunidade para um programa de revitalização ambiental e de sustentabilidade. São apoiados, entre outras empresas, pelo AMRO Bank.
Antes de fotografá-la vimos uma cobra surucucu. Ficou no meio da trilha com a cabeça uns dois palmos acima do chão, ereta, nos prescrutando. Não se intimidou e, quando quis, saiu do nosso caminho.


domingo, 7 de outubro de 2007

Flores, Poesias, Blues e Rock'n'roll

Registros da mostra

Ontem foi um dia daqueles regado a arte, música e poesia.
De manhã fui para o Colégio São Domingos participar das atividades do projeto Escola, Cultura e Comunidade.
Meu filho estuda lá deste o primeiro ano do ensino fundamental. Já está na oitava série. Até alguns meses atrás o colégio era regido pela República do laquê: roupas sóbrias, cabelo duro e uma visão torta do mundo. Pois é foi substituída por uma nova direção que com este projeto inicia outra fase.
No discurso de abertura Silvio Barini Pinto, o atual diretor, propôs uma fase mais colorida para o colégio. Me contou que nos anos 78/79 queria entrar no olho do furacão e foi trabalhar na redação do jornal Movimento. Uma das coordenadoras trabalha com sexologia. Bons curriculae. Tá melhorando.
Fiquei lá das 10 às 16 horas para participar com a exposição “Folhas, Flores e Frutos”, 13 painéis coloridos de 0,80 x 1,20m. No evento houve contadores de história (alunos), experimentos de química, esculturas, telas, manto, macarronada e brigadeiro. Assim foi parte do dia. No final, o escritor Fernando Bonassi fez uma palestra. Falou do seu livro “O pequeno fascista”, das suas experiências no Carandiru e escorregou quando, com uma convicção meia-boca, discorreu sobre política. Acho que ele nunca ouviu falar do Ramal do Toco Preto e, pelo visto, o seu conhecimento geográfico e político do Brasil não avançou pelas extremidades do patropi. Ainda não li o seu livro mas vou ler.
Quando tudo terminou, o Tadeu Nogueira com sua extrema gentileza me ajudou a desmontar, embalar e transportar as obras até o carro. Muito merci, Tadeu. Fui pra casa dei um stop e...
Tadeu Nogueira e o filho Rafael
Satyros 2

...Poesia, Blues e fotografias.
Foi no Sátyros 2, na praça Roosevelt, comemorando os 5 anos da revista Coyote. Cheguei perto das 21h prevendo uma passagem na animação em flash do “Olho de porco”. Uma idéia da Marília Panitz, fotos minhas e animação do Vitor Novais. Porrada!
Só entramos no palco a 1 da manhã. Na espera ficamos no bar tomando umas e outras com os queridos amigos Jotabê Medeiros, Leninha, Ademir Assunção, Luna Vicente, Ximenes e Edvaldo Santana.
Dentro e fora do Satyros poetas, músicos, transformistas, escritores, editores, publicitário e fãs circulavam.
Chegou a hora! Ademir Assunção abre a noitada com um poema do Bebeléu, o Nego Dito Cascavé, o Gigante Negão: Itamar Assunção. Logo depois mostro o Olho de Porco e entra a Vanessa Bugmagny.
Vanessa Bugmagny
Phedra D. Cordoba

Tive que voltar pra casa e já era 2h30 da matina. Vou saber o que rolou e depois conto o resto. O que não vi:
Projeção de fotos, curtas e animações
Bibelôs em Transe (Edinho Kumasaka) Melodrama Blues (Robson Timóteo, Marcelo Montenegro e Fábio Brum) e Tulipo (Eduardo Rodrigues e Paulo Stocker)
Poesia ligada na tomada
Ademir Assunção, Mario Bortolotto, Phedra D. Cordoba, Daniel Cavana
Esquete Teatral
Daniela Angelotti e Paulo de Tharso
Rock’n’roll
Carlos Careqa, Edvaldo Santana, Vanessa Bumagny, Linari
A grande final no programa: jam session com Os Sobreviventes.

sábado, 6 de outubro de 2007

Folhas, flores e frutos

Broto de papiro

Hoje 6 de outubro de 2007 das 10 às 16 horas vou mostrar 13 fotografias em grande formato homenageando a estética das folhas, flores e frutos. As fotografias foram feitas em sítios, parques e na Mata Atlântica.

A mostra faz parte das atividades do projeto Escola Cultura Comunidade desenvolvido pela nova diretoria do Colégio São Domingos, onde meu filho estuda, com a proposta de interatividade entre colégio, pais, alunos e professores.


Colégio São Domingos

Rua Monte Alegre 1083, Perdizes - São Paulo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Gugu, Juvenal e Silvio Santos





Foi nos anos 80
O Silvio Santos, por intermédio da Hebe Camargo, concordou em dar uma entrevista.
Eu e o Luiz Fernando Emediato fomos para a casa dele fazer uma reportagem para o Caderno 2. A entrevista foi acontecendo e ficamos para o jantar com a família. Ele é cativante e durante todo o tempo que permanecemos lá a conversa foi animada.
Sílvio Santos pediu que ficássemos um pouco mais porque o Gugu Liberato chegaria mais tarde e queria a nossa presença para ajudá-lo a convencer o Gugu a permanecer no SBT.
A Globo estava namorando o Gugu e tinha feito uma proposta "irrecusável".
Ficamos. Teve lágrimas e choro emocionado.
O Gugu está até hoje no SBT.

domingo, 30 de setembro de 2007

Kanzeon de 11 faces

Kogen esculpindo a Kanzeon

No Vale dos Templos (Kinkaku-ji), em Itapecerica da Serra , 50 km de São Paulo, o monge Kogen Gouveia está esculpindo o Kanzeon de 11 faces em um pedaço de 2 metros do tronco de um jequitibá, com mais de 400 anos, que veio de Camacã, 510 km de Salvador, no estado da Bahia.
Pelos seus cálculos Kogen ainda tem trabalho para mais de dois anos até finalizar a Kanzeon com as 10 faces em volta da cabeça principal. Cada uma das faces está voltada para um ponto cardeal e para os colaterais nas 10 direções: norte, sul, leste, oeste, acima, abaixo, ao lado...


Portal do Mosteiro Zen Morro da Vargem

Conheci Kogen em 1993 no Mosteiro Zen Budista Morro da Vargem (Ibiraçu-ES) quando fui, com o jornalista Ademir Assunção, fotografar para a revista Marie Claire. Naquela época ele esculpia em pedaços de jaqueira Bodhisatwas que hoje ornam o templo do mosteiro.
Eu já tinha afinidades com o Zen e batizei lá o meu filho Manuel Amado Pereira. Foram padrinhos os artistas plásticos Ernesto Neto e Marilá Dardot.



















Templo da Kanon e workshop a fotografia e o Zen - fotos A. R. Leão

Em outra época fui fazer fotos para o livro comemorativo dos 25 anos do mosteiro. Voltei e coordenei o workshop fotográfico “A fotografia e o Zen”. Participaram fotógrafos de várias partes do Brasil. Ficamos lá três dias fotografando, meditando e aprendendo práticas Zen. Kogen tinha esculpido a Kanon com 4 metros de altura. O mosteiro ergueu o Templo da Kanon para abrigá-la.
Querendo aprimorar o aprendizado, Kogen foi para Tokyo e fez um estágio de três meses com o mestre escultor Ito Kojiro.

Kogen na Cachoeira do Rio das Pedras em Camburi

No outono deste ano fomos juntos passar um final de semana na minha casa em Camburi, litoral norte de São Paulo e ali ficamos conversando, passeando, fotografando, fazendo comidas e ele lendo, ainda no laptop, o livro que está escrevendo “A ponte”.
Durante os próximos dois anos irei, periodicamente, até o Vale dos Templos fotografar o andamento da escultura.

sábado, 29 de setembro de 2007

Amazônia em chamas


Queimadas atingem níveis alarmantes na floresta amazônica

Por Bruno Taitson - WWF/Brasil


Juntamente com o fotógrafo Juvenal Pereira, decolei do Aeroporto de Rio Branco (Acre) em um bimotor Sêneca II, na tarde do dia 23 de agosto. O objetivo do sobrevôo era fazer fotografias aéreas da floresta para abastecer o banco de imagens da Rede WWF. Já nos primeiros minutos, percebemos que a meta da viagem sofreria uma alteração. Mal havíamos alçado vôo e já nos deparávamos com diversos focos de incêndio. Assustador. Uma coisa é ver a floresta queimar em imagens de televisão ou em fotos. Outra completamente diferente é presenciar, do alto, chamas consumindo grandes porções de mata nativa, a ponto de chegarmos a tossir por causa da fumaça e a sentir na pele o calor das labaredas. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão federal que monitora por satélite os focos de calor no país, apontam que o número de queimadas* na Amazônia Legal brasileira, entre janeiro e agosto deste ano, aumentou cerca de 96% em comparação com o mesmo período de 2006. Nos oito primeiros meses do ano passado, o Inpe detectou 9.119 focos. Este ano, também entre janeiro e agosto, o número saltou para alarmantes 17.882. Em um sobrevôo de apenas cinqüenta minutos próximo à capital Rio Branco, entre a Rodovia Transacreana e a BR-364, vimos cinco ou seis focos de incêndio. Também pudemos observar grandes áreas que já haviam sido devastadas por queimadas recentes. O trecho sobrevoado apresentou uma amostragem da ação de dois dos principais fatores de desmatamento da Amazônia: pecuária e exploração madeireira. Grandes áreas abertas no meio da floresta eram ocupadas por rebanhos com dezenas e até centenas de cabeças de gado. Também vimos, em vários pontos, toras de madeira empilhadas em clareiras recentemente abertas, prestes a serem retiradas. O acesso às toras se dá por pequenas vias de terra abertas no meio da mata, ligando as clareiras a estradas mais largas que, por sua vez, terminam em rodovias asfaltadas. A situação é ainda mais preocupante pelo fato de a região sobrevoada estar no entorno de uma capital estadual; uma área, em princípio, mais fácil de ser fiscalizada por contar com boa infra-estrutura rodoviária e de telecomunicações. As fotos tiradas durante o percurso revelam a gravidade da situação, mostrando uma paisagem, na maior parte do tempo, encoberta pela fumaça e com visibilidade comprometida. De acordo com Sidney Rodrigues, coordenador do Laboratório de Ecologia da Paisagem do WWF-Brasil, o monitoramento das queimadas é de grande importância para a conservação da Amazônia. “Esses dados servem de subsídio para a elaboração de uma série de medidas preventivas, como a criação de brigadas de incêndio em áreas mais críticas, a definição de calendários de queima e ações de fiscalização e controle”. O coordenador destaca também que, especialmente na Amazônia, as queimadas são utilizadas, principalmente, para preparar o terreno para a formação de pastagens e por grileiros, que queimam áreas antes de ocupá-las ilegalmente com objetivo de lucrar com a venda das terras devastadas. “Por isso, além do monitoramento dos focos de incêndio, também é essencial criar e implementar unidades de conservação, que representam um obstáculo a essas atividades ilegais”, conclui. * na Amazônia, a maior parte dos focos de calor corresponde a queimadas. Notas complementares**: O monitoramento de queimadas e incêndios divulgado pelo Inpe é viabilizado por meio do satélite meteorológico norte-americano NOAA 15 (National Oceanic and Atmospheric Administration), que fotografa a Terra duas vezes por dia e orbita a aproximadamente 850 quilômetros de altitude. O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) divide as ocorrências de fogo na Amazônia em três categorias:

1 – Queimadas para desmatamento: intencionais e associadas à derrubada e à queima da floresta. Principal causadora de impactos ambientais, uma vez que substitui a vegetação florestal por ecossistemas antropogênicos.

2 – Incêndios florestais rasteiros: provenientes de queimadas que fogem ao controle e invadem florestas primárias ou previamente exploradas para madeira. Podem eliminar até 80% da biomassa florestal acima do solo, impactando também a fauna, além de aumentar a inflamabilidade do solo.

3 – Queimadas e incêndios em áreas já desmatadas: resultam do fogo intencional ou acidental em pastagens, lavouras e capoeiras. São responsáveis pela perda de nutrientes de ecossistemas agrícolas e liberam grandes quantidades de fumaça e partículas na atmosfera. As queimadas e incêndios liberam grandes quantidades de carbono na atmosfera, agravando o aquecimento global. Também contribuem de forma significativa para a savanização da Amazônia.
Para ver a matéria na íntegra acessem: www.wwf.org.br/index.cfm?uNewsID=9400

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Coyote 5 anos

Coyote número 1 - foto de Juvenal Pereira

É para comemorar.
Veham todos

A revista literária COYOTE está completando 5 anos de existência e a comemoração será com uma madrugada cultural no Teatro dos Sátyros 2, no próximo dia 6 de outubro (sábado). A noitada começa às 21 horas, com o lançamento da edição de número 15 no Sebo do Bac (saguão do teatro). Em seguida, à 1 hora da madrugada do domingo, tem início a Noite Coyote, intercalando leituras, shows musicais e projeções, no palco do teatro.

Na programação constam o poeta Ademir Assunção, o dramaturgo Mário Bortolotto, os compositores Edvaldo Santana, Carlos Careqa, Wanessa Bumagny e Linari e a atriz Phedra de Córdoba, que lerá poemas do cubano Pedro Juan Gutierrez. Os atores Paulo de Tharso e Daniella Angelotti apresentarão esquete teatral baseada em poema do francês Leó Ferré. O escritor Daniel Cavana lerá poemas de Julio Cortázar publicados na última edição da revista. Os fotógrafos Juvenal Pereira e Edinho Kumasaka farão projeções dos ensaios fotográficos “Olho de Boi” e “Bibelôs em Transe”. Serão exibidas ainda animações do personagem Tulípio, criado por Eduardo Rodrigues e Paulo Stocker, e o curta-metragem “Melodrama Blues”, de Robson Timóteo, com poema de Marcelo Montenegro e música de Fábio Brum.
Editada pelos poetas Rodrigo Garcia Lopes, Marcos Losnak, Maurício Arruda Mendonça e Ademir Assunção, a revista Coyote vem mantendo uma orientação de radicalidade tanto editorial quanto gráfica. Na décima-quinta edição, que está sendo lançada, traz um dossiê de 8 páginas sobre Julio Cortázar (fragmentos da última entrevista, concedida a Jean Montalbetti, um mês antes de sua morte, e poemas inéditos em português, traduzidos por Cassiano Vianna), poemas do inglês Philip Larkin (traduzidos por Luiz Roberto Guedes), um fantástico lipograma de Bráulio Tavares, fragmentos de livro em andamento de Vicente Franz Ceccim e um poema inédito de José Lino Grünewald, cedido especialmente por sua viúva, Ecila Grünewald. Publica também poemas do angolano José Luis Mendonça, ensaio fotográfico de João Urban, história em quadrinhos de Daniel Caballero e contos do londrinense Márcio Américo, do matogrossense Douglas Diegues, e do carioca Paulo Moreira.

Olho de porco































Durante 10 anos fotografei arquitetura, equipamentos, médicos, funcionários e visitantes (sheik, ministros e presidentes) para os jornais do Hospital Sírio Libanês. Gostava do que fazia. Lá é um centro de excelência.
Numa reportagem no centro de pesquisas porcos estavam sendo estudados na sala de cirurgia e a médica veterinária Flávia Coelho cuidava dos animais. Com os auxiliares sacavam os olhos dos porcos para o banco de olhos e também para que os médicos oftalmologistas do curso de pós-gradução pudessem fazer estudos cirúrgicos. São semelhantes aos olhos dos humanos.
Fiz um ensaio fotográfico dos olhos sendo extirpados e depois convidei o web designer Vitor Novais para fazer uma animação em flash. Ficou forte. O olho é a minha ferramenta de trabalho.
Vou apresentar esta animação, pela primeira vez, no dia 6 de outubro no Sátyros - Praça Roosevelt em São Paulo, nas comemorações dos 5 anos da Revista Coyote (Poesia e fotografia). Apareçam.
No ano passado, em março, achei que já não tinha mais perguntas a fazer lá no hospital e saí.
Continuo on the road.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Yãkwa


Sal vegetal


Festa ritual dos índios Enawene-Nawe em homenagem aos espíritos subterrâneos - donos dos recursos naturais e das doenças. É realizada depois que uma série de catástrofes provocadas pela ação dos espíritos subterrâneos, sob a forma de ataques de onças, monstros aquáticos, tribos inimigas e epidemias quase os dizimou totalmente.

Hari-kare

A etnia
Os Enawene-Nawe moram na aldeia Matokodakwa - noroeste do Mato Grosso (Brasil). Também são conhecidos como os Salumãs. Nas suas crenças são descendentes de um único casal de seres humanos, suas tribos ancestrais originalmente habitavam o interior de uma pedra e, graças ao auxílio de um pica-pau, que fez um buraco na pedra abrindo uma passagem ao mundo exterior, eles se espalharam pela superfície da terra.
São muito bem humorados.

No final da tarde vários hare-kares tocam suas flautas

Os costumes
Mudam com freqüência de aldeia. A mudança geralmente é provocada pelo esgotamento dos solos em seus arredores, somado ao acúmulo de defuntos enterrados sob o chão das casas – o que atrai perigosamente os espectros sinistros dos mortos. Entre outras atividades as mulheres cuidam das roças e os homens das pescarias.
Dentro de sua cosmogonia o mundo tem 4 camadas: a terra; acima da terra onde ficam os Enores; acima dos Enores, a vastidão universal; e abaixo da terra, os Yakairitis.


Adultos e crianças levam os peixes moqueados para a aldeia

A festa. Yãkwa
Alguns índios nos esperavam na margem direita de quem desce o Rio Iquê. Na nossa chegada conversas rápidas e ajustes nos enfeites corporais de fibra de buriti. Um deles assume o controle do barco e fomos rio acima numa quase corrida fluvial.
No porto mais próximo da aldeia alguns Hari-Kares (anfitriões), jovens e crianças esperavam os Yãkwas – pescadores. Ali são descarregados os peixes moqueados envoltos em peças de taquara e transportados em cestos nas cabeças dos índios. Velhos, jovens e crianças caminham em fila até avistarem a aldeia. Com gritos, sons e cantos uma nova energia toma conta dos pescadores.
Na subida final a tensão aumenta. Logo em frente os Yãkwas entram na aldeia carregando cestos e estandartes - um peixe moqueado na ponta de um galho. Neste caminho são presenteados com cuias de mingau. Grupos de meninas e mulheres esperam ao lado das malocas.

O encontro

No centro da aldeia os pescadores Yãkwas são recebidos pelos Hari-Kares já enfeitados com fibras de buriti e adornos plumários.
A recepção é uma topada de peito com peito. Não é uma briga. É uma troca de sensações: chegando e deixando chegar depois de mais de 40 dias pescando em rios distantes da aldeia. O receber inclui a produção de beijus, sal vegetal (feito de folhas das palmeiras – função feminina), enfeites, flautas e mingaus.

Em volta do fogo

Também construir a fogueira principal cercada por estacas, em círculo, no meio da aldeia. Nas estacas são amarradas peças feitas com resinas vegetais e envoltas com folhas de pacova. Quando acesas viram tochas perfumadas e determinam um palco/círculo.



No período da vazante dos rios, as tardes e noites da Aldeia Matokodakwa são envolvidas no som inebriante de várias flautas, cantos e danças agradecendo a pescaria e a boa safra.

Texto e fotos de Juvenal Pereira

Faroeste caboclo em Juina

Enawene-nawe


Minha amiga Izabela Ferreira que mora em Belo Horizonte me enviou um e-mail sugerindo que eu visse o vídeo sobre a frustrada visita que o Greempeace e dois jornalistas estrangeiros fariam na tribo dos Enawene-nawe para uma reportagem sobre as condições em que vive esta etnia. http://br.youtube.com/watch?v=q9esNX7bzHY
Inacreditável o que rola na cabeça dos fazendeiros e do prefeito Hilton Campos (PR) no município de Juina (noroeste do Mato Grosso)
Vejam uma das reportagens neste endereço: http://consciencia-textos.blogspot.com/2007_09_05_archive.html.


Adolescente Enawene-nawe

Em maio do ano passado fui até a aldeia dos Enawene-nawe fazer uma documentação fotográfica sobre o Yãkwa (festa para os espíritos subterrâneos) para a Revista Brasil Indígena que é publicada pela FUNAI. Foram quatro dias conhecendo uma das etnias mais encantadoras e me foi dado livre acesso em todos os momentos do ritual.
Fico pensando em como os fazendeiros, vereadores e prefeito foram capazes de tanto autoritarismo e despotismo.
Vou publicar aqui (breve) a minha observação sobre o encontro com eles os Enawene-nawe
Aguardem.