terça-feira, 29 de julho de 2008

Natália Flaubert de Acuruí


Como você descreveria este livro?
Douglas Diegues: Samba gonzo (inusitada mescla de Noel Rosa com Hunter Thompson).

Hoje à noite, depois das 22h, na Mercearia São Pedro - Vila Madalena em São Paulo, vou lançar o meu primeiro livro: Natália Flaubert de Acurui. Editado artesanalmente - Made in Paraguay, pela YiYi Jambo – Colección de poesia y narrativa sudaka-transfronteiriza “Abran Karajo!" A capa é feita com papelão reciclado e pintado por El Domador de Yakarés. O projeto é apoiado por Eloisa Cartoneira, de Buenos Aires.

São poucos exemplares pois conseguimos imprimir o primeiro às 18,50h. Douglas passou a noite traduzindo para o Portunhol Selvagem. Da sua criação diz: Portunhol é igual a papai e mamãe. Já o portunhol selvagem é suruba-kamasutra. Ouvi esta história na casa da tradutora Aurora Bernardini, degustando vinho de Mendoza e histórias literárias.




Como a notícia saiu em cima da hora, se puderem apareçam.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

El domador de jacaré

El domador de jacaré (A.G.) e douglas Diegues: o portunhol selvagem

Chegando de Ponta Porã
El Domador de Jacaré.
"Jacaré é semelhante ao ser humano
tem os três venenos no coração
rancor, cobiça e ignorância.
É mais fácil domar um jacaré do que domar o ser humano”
texto publicado no livro “Caballeros solitários rumo ao sol poente” do Xico Sá.
Douglas Diegues o Portunhol Selvagem veio junto.
Eles vão lançar hoje à noite na Mercearia São Pedro
(início da Rua Rodésia na Vila Madalena -São Paulo) os lívros
El astronauta Paraguaio do poeta fronteiriço Douglas Diegues e Uma gotita de amor jamais te deixará en bola do El domador de jacaré (A.G.).
São livros escritos em portunhol selvagem onde se mesclam os gêneros conhecidos e desconhecidos da literatura paraguaia ou triple fronteira.
Os livros integram a coleção de poesia e narrativa Sudaka-transfronteiriça Abran Karajo. Editados na capital paraguaia, com apoio da Eloisa Cartonera de Buenos Aires.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Samuca


Quando bem pequeno ele me contava as últimas do Sertão de Camburi, dentro da Mata Atlântica, no litoral norte de São Paulo. Acabou ficando sendo o “jornalista” e vive ali com a mãe, Zilda. Me ligou pedindo para passar uns dias na minha casa em São Paulo. Veio com a Luludi no domingo de noite. Na segunda foi comigo dar um gás na sede da Cooperartista. Carregou, lavou, deu uma checagem nos monitores (fez dois cursos de informática lá em Boissucanga) e está a fim de fazer manutenção em computadores aqui em São Paulo. Ontem , fomos na loja Emporium acertar detalhes do uso de minhas fotos aplicadas em produtos, jogo americano, posters e brindes. O assunto número dois foi a formatação do workshop A fotografia Zen. Vai acontecer lá, no meio de agosto. Samuel ficou na mesa, ouvindo tudo. Na saída me disse: Parece coisa de cinema. Na seqüência fomos para a estação Vila Madalena do Metrô , encontrar com sua tia Cleide. Dali foi para o Tatuapé e fica uns dias pesquisando a possibilidade de moradia por lá. Valeu Samuca, sua ajuda foi dez.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Umbigo da Vila Madalena
















Marcão - Francisco Marcos (cavanhaque) , com amigos (Michael Hanchard) e tempero de muqueca

Sábado fui na feira da Vila Madalena e encontrei alguns amigos na esquina da Rua Aspicuelta com a Rua Mourato Coelho. Eles freqüentam este “ponto” há muitos anos e apelidaram o lugar de Umbigo da Vila. Uma universidade livre de idéias. O Marcão - Francisco Marcos (faz consultoria de tecnologia da informação para o governo angolano) é presença constante. Estavam lá o Michael Hanchard que é president professor da Johns Hopkins University do Political Science Deparment (Baltimore - USA), o pintor Enio Squeff fazendo suas aquarelas, o Barão do Pandeiro dando uma canja com o seu instrumento e a Consultora Claudia Lessa, entre outros. Eles se reúnem por ali faz 20 anos ou mais. Sempre tem cervejas e petiscos. Quem serve é uma das feirantes que no final apresenta a conta. Ninguém questiona e o valor é dividido. Alguns acham que Obama vai ser assassinado.













Aquarela do Enio Squeff

terça-feira, 15 de julho de 2008

Serra da Tormenta


Perguntei sobre a tormenta e o I Ching falou do poço, da fogueira, da lenha e do espírito criador.
Em Carmo do Rio Claro – MG o ponto mais alto é a Serra das Tormentas. Não é todo mundo da cidade que sabe o porquê do nome. Quem me esclareceu foi Dona Claudete, mãe do fotógrafo Renato Soares. “As chuvas que vinham do lado da serra eram intensas, com raios e trovões seguidos de tormenta. Daí o nome”.
A cidade fica no sul de Minas nas proximidades da represa de Furnas com muitos cafezais ao redor. Vadeco e um senhor que mora na área rural da cidade não tem as pernas. De vez em quando ele monta na sua mula e vai passear pela cidade. Só desmonta quando volta pra casa. Em casa se movimenta com cadeira de rodas.
A família do Renato Soares é muito generosa e unida. Moram numa grande área, como uma vila. Seu irmão Junior tem uma tecelagem muito concorrida. Seu pai, Jair Soares, é candidato do PV a Câmara Municipal. Sugerimos algumas ações políticas para sua campanha. Vou torcer pra sua vitória e quem sabe voltar lá.
Renato está mudando pra Carmo do Rio Claro porque se cansou de São Paulo, quer uma vida menos estressante e fomos juntos de São Paulo até lá. Meu filho Manuel passou uma semana com o Leonardo, seu filho, e fui buscá-lo. Tomamos cachaças, cervejas, conversamos com os freqüentadores do bar Panela de Ferro, administrado pelo Wagner que há pouco tempo virou dono de bar. Ali tem todas as características de uma universidade livre onde os “alunos e mestres” dissertam seus problemas, aspirações e estudos do comportamento humano.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Bambu, Bambusa Bambual




No próximo sábado 5/7/08 será o vernissage da exposição de fotografias Bambu, Bambusa, Bambual com 13 fotografias que fiz desde os anos 80 em sítios, parques, fazendas e jardins de diversas partes do Brasil. Rua Dr. Virgilio de Carvalho Pinto, 567 das 14 às 17 h e depois de segunda a sexta feira das 14 às 17 h
São dois blocos. Em um deles estão 10 imagens numeradas e certificadas para venda, com preços bem acessíveis. No outro bloco são três fotografias em grande formato.
Uma delas foi feita em parceria com o fotógrafo Marcelo Lerner que desenvolveu uma técnica de fazer fotografias de pontes, paisagens usando um chassi 4x5”quee varre a imagem em linhas laterais e verticais. Às vezes somam 56 fotografias. Depois ele monta estas tantas imagens no computador criando uma única fotografia. As outras duas fotografias no formato 0,90 x 1,30 m são tramas – fotos trançadas.
Tobias mai é o curador e escreveu este texto
Edição Pocket Juvenal Pereira:
Bambu, Bambusa, Bambual


Juvenal Pereira descobriu a paixão pelo Bambu em uma de suas primeiras reportagens, perto de Belo Horizonte, em uma entrevista para a revista “A Cigarra” com a educadora Helena Antipoff. Ao longo de duas décadas, fotografou e documentou o Bambu, o que resultou em inúmeras imagens que selecionamos e reunimos para esta exposição.

Alguns trabalhos são predominantemente estéticos, usando o bambu para enxergarmos o que não vemos na correria dos tempos, enquanto outros nos trazem a visão do artista do seu lado foto-jornalístico, com os contos que o bambu nos conta e como colocamos o bambu na nossa história.
O primeiro grupo, macroscópico, mostra o início do ciclo da vida, a semente, o broto e a água como essência principal.
O segundo grupo apresenta o bambu maduro, interagindo em seu habitat com plantas, musgos e fungos, com suas marcas do tempo. O terceiro grupo mostra o bambu maduro, forte no solo, porém com as marcas das mãos do ser humano em seu corpo e, num segundo momento, levado pelo tempo, pela enxurrada, pelo rio que se forma. O quarto grupo finaliza com o bambu como matéria-prima para o ser humano. As mãos, simbólicas no grupo anterior, aqui se apropriaram da matéria-prima, construindo abrigos e casas, fazendo cestos para o dia-a-dia.

A “Moita de Bambu” nos sombreia em sua majestade e nos impressiona com sua densidade, misteriosa ela balança ao vento, parecendo mais do ar do que da terra. E as tramas, por sua vez, associadas à arte de tecer o bambu são usadas, abstraindo a imagem, o retrato, e assim criam paralelos com os pixeis da fotografia digital.

O monje e o tronco do jequitibá


Kogen Gouveia é o Monge Zen residente no templo Kinkaku-ji, em Itapecerica da Serra. Ele é meu amigo e nos conhecemos desde que fui fotografar o Mosteiro Zen Morro da Vargem em Ibiraçu, no Estado do Espírito Santo. Bem perto de Vitória, aprox. 75 km.
Kogen passou uma temporada no mosteiro de Mogi das Cruzes, depois em São Paulo e foi para o Japão estudar o Zen onde se ordenou monge. Lá fez curso de esculturas com um grande mestre. Leia mais em http://caxiuna.blogspot.com/2007/09/kanzeon-de-11-faces.html
Na semana passada fui visitá-lo. Ele traduziu o Haikai que o poeta Ademir Assunção fez para a exposição Bambu, Bambusa, Bambual e também fez a caligrafia dos ideogramas em kanji. Ambos vão estar na Galeria Edição Pocket que inaugura no próximo sábado.
A escultura Kanzeon de 11 faces já está adiantada com perspectivas de mais 1 ano de trabalho para finalizá-la.