sábado, 27 de novembro de 2010

Noroeste do Mato Grosso

Orelhão em Nova Floresta - MT


A partir de 27 de novembro vou estar fora do ar nesta região https://mail.google.com/mail/?ui=2&ik=967ceee978&view=att&th=12c888e984ae4ca7&attid=0.1&disp=inline&zw
Vou fotografar a expedição da WWF Brasil para diagnosticar a elaboração dos planos de manejo das unidades de conservação do Noroeste do Mato Grosso. Alguns dos participantes (eu incluido) seguirão pelas unidades de conservação em estudo, percorrendo as estradas e os rios Guariba, Madeirinha e Roosevelt. O inicio da expedição é dia 1 de dezembro e o término dia 20 de dezembro de 2010.
Quando voltar dou mais noticias.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Car free - ano 1 e meio

Dentro do bumba na Dr Arnaldo

Em julho do ano passado, por um trauma financeiro, coloquei meu Peugeot 206 na roda pra tapar os buracos. Foi uma operação traumática sob todos os pontos de vista. O que seria a tábua de salvação provocou um cisma familiar e levei um puta tombo, além de pagar um mico daqueles. Talvez seja a maldição automobile.
Desde então sou buzeiro (ando de ônibus e metrô em Sampa) e curto o prazer da leitura, da observação dos passajeiros, da diversidade de pessoas, estilos de vida, padrão financeiro, idade, sexo, cor, vestuário, tom de voz, cor dos olhos, decotes e perfumes. Escaneio tudo com o olhar, olfato, audição e às vezes o tato. Fica faltando o paladar mas, vez por outra pego um amendoim torrado e doce no camelô da Av São Luiz e vou ruminando na subida da Consolação e descida da Dr Arnaldo. Já lí Voltaire, Maquiavel, Portais búdicos, teses da USP e vi muita, muita gente. Até alguns amigos e agora sou caroneiro ou, nas emergencias, ando de taxi.

As observações de caroneiro.

Todos os motoristas que pego carona, todos, são envolvidos por uma estranaheza enquanto dirigem. Brigam com o carro que ultrapassou o outro lá na frente, com aquele que vinha ao lado e forçou a passagem, do que abriu a porta e bloqueou o fluxo, daquele que tá falando no celular, daquele com o farol alto, daquele que encostou na vaga logo em frente daquele, brigam até com o vento... uma infinidade. O carro, nas cidades é neurotizante, mas na estrada, principalmente naquelas sem tráfego é o maximo. Ainda vou voltar a ter um para estas ocasiões. Cair na estrada (on the road) parar numa cachoeira, praia deserta, água de bica, abrir porteira, ver a boiada passar e aquela moça na janela, heim?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Memórias Sertanistas

Porfirio de Carvalho

Muitos anos atrás me inscrevi num concurso da FUNAI para ser indigenista e, por não ter completado o curso científico não pude concorrer, mesmo mandando uma carta justificando meu interesse. Nada.
Alguns anos depois fui pra Aldeia Katrimani e fiquei um tempo com os indios Yanomamis, em Roraima. 30 dias. Vi alí um pouco do dia a dia da aldeia. Fomos expulsos por um decreto presidencial - anos da ditadura.
Em 2006 o Felipe Milanez dirigia a revista da FUNAI e me convidou para fotografar uma festa dos Enawene Nawe o Yãkwa. A festa dos espíritos. Maravilhosa. Neste blog tem noticias sobre eles.
Na semana passado lá no SESC Consolação (em São Paulo), o Felipe coordenou o evento Memórias Sertanistas. Ele me disse que quando negociava a realização do projeto com o SESC recebeu um telefonema sendo demitido da National Geographic porque manifestou no twiter seu descontentamento com uma matéria publicada na Veja sobre índios que era totalmente montada. Acho que ele se deu melhor. Talvez um dia, quem sabe, a National Geographic faça um mea culpa, por que, o jornalismo do jeito que tá... tá de amargar. Nesta campanha presidencial a mídia foi sórdida. Já passou. Mas os semóticos vão ter o que falar daqui pra frente.
Voltando às Memórias Sertanistas. Fui no primeiro dia (28 de outubro) e vi dois documentários sobre os Últimos isolados, série dirigida pelo britânico Adrian Cowell. Fugindo da extinção e O destino dos Uru Eu Wau Wau. Em algumas cenas fiquei colado na cadeira de tão impactantes.
No dia seguinte ouvi os bate-papos com Afonsinho (Afonso Alves da Silva), Odenir Pinto e Porfírio de Carvalho. Um cearense da gota. Dá até vontade de participar de uma roda de fogueira onde ele esteja inspirado, como foi neste dia. Seu discurso é envolvente. Contaminante. Como um corte de faca amolada. Falou sobre sua convivência com os Waimiri Atroari (foram quase dizimados, mas sua obstinação e fé - depois de ver vários assassinatos praticados por fazendeiros, garimpeiros e outras autoridades - foram determinantes para sua convicção de protegê-los: www.waimiriatroari.org.br
Porfirio é o autor dos programas Waimiri Atroari e Parakanã. Responsável pela recomposição étnica e demográfica destes povos. Por suas aações a favor dos índios foi demitido seis vezes da FUNAI. Perguntei o que o levava a ter tanta convicção no que faz? "Foram os ensinamentos do sertanista Chico Meirelles.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ela, a Sabiá Branca


Consegui achar no Caderno Agrícola do Estadão o e-mail do Johan dalgas Frisch - ornitólogo super respeitado. Trocamos e-mails me informado sobre o meu vizinho ilustre. Uma manhã de domingo eu a ví regurgitando no bico do filhote. É ela.

Prezado amigo Juvenal Pereira
Em primeiro lugar devo dar os PARABENS PELO SEU BELISSIMO BLOG! - Que bom gosto,e personaliade!-Parabens mesmo !!!!
Realmente trata-se de uma sabiá -laranjeira ALBINA,o problema desta ave é que a iris de seus olhos é vermelha,a cor que se vê é de seu sangue,uma vêz que não tem pigmentaçao.
Esta coitada e sofredora ave tem restriçao a sair com sol,pois queima sua retina,e em conseguencia impede de se alimentar durantes os dias ensolarados,o que ocasiona sua morte em pouco tempo.
Ninguem estudou extamente quanto tempo uma ave albina consegue viver na natureza.
Outro fato é que sendo branca é facil presa de predadores,gaviõeszinhos,corujas,gatos etc, A ave que vive proximo ao meu estudio em Cidade Jardim, é semi-albina e tem iris marron, portanto pode sair com a luz do sol intensa,assim mesmo esta com os dias contados porque tem um gaviãozinho carijó que vive aqui de olho nela!.
Me mantenha informado,que sera muito importante documentar este fato a greraçoes futuras.
Abraços
Johan dalgas Frisch

Obrigado Johan
Realmente não o fotografei quando o sol está sem nuvens, só em dias nublados mas esta não é uma observação científica porque não fiquei todo o tempo fazendo observações, só quando olho pela janela e ele está na redondeza.
Juvenal


Dalgas, bom dia
Agora ha pouco descendo no jardim vi a sabiá branca,(é certo) com um filhote normal (cor marrom). Eles ciscavam e se alimentavam. Ela voou e depois voltou. No muro da divisa com o vizinho eu a vi regurgitando no bico do filho que esta com um rabo pequeno.

Beleza!!,Vai observando, porque uma sabiá albina dificilmente consegue sobreviver e ainda mais tendo filhote não albino!
Suas observaçoes sao extremanete importante!Detalhe se foi dia claro com sol ou dia com nuvens ou chuva.
Abraços
dalgas

Minhas amigas do rio e brasilia vieram me visitar e viram a Sabiá branca num dia ensolarado. Ela anda sumida.