sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A mala da Evely


Evely ficou órfã cedo. A mãe morreu e meses depois foi a vez do pai. Criada por uma tia, desencontros com um tio e ciúmes da prima. Aos 17 anos colocou numa caixa coisas pequenas que os pais deixaram e foi pra Israel. Lá ficou um tempo. Quando teria que enfrentar o serviço militar obrigatório, por sorte, voltou para o Brasil. Antes, ainda em Israel, confiou a mala à Irina, sua amiga de infância, rogando para que ela guardasse porque voltava ao Brasil sem saber se por dias ou anos. Na cidade maravilhosa fez uma auditoria pessoal na vida e na herança de imóveis dos pais. Ficou nesta função dividindo o tempo em ser modelo. Sempre foi linda. Hoje os imóveis lhe dão uma vida financeira confortável.
Irina também saiu de Israel, Austrália, Londres, França e Bahia. Atualmente na Califórnia nos USA. Neste período as duas perderam contato.
No final do ano passado, a amiga de infância localizou Evely no Facebook. Contou que a mala, 30 anos depois e bem conservada, ainda estava com ela. Queria devolver aquela cumplicidade afetiva. Vinda pelo correio a mala continha fotografias, bilhetes e cartas dos pais.
Uma outra amiga, daquele tempo, foi convidada pra ver a abertura solene e foi ela que me contou esta história. Disse também que tinha uma fotografia em que as duas irmãs e os pais estavam eternizados naquela imagem de uma manhã doningueira no Jardim Botânico

Nenhum comentário: