Mais uma vez na estrada
Abri as gavetas, separei das pastas,arrumei e organizei os cromos. Depois digitalizei e junto com outras coisas cai na estrada.
Abri as gavetas, separei das pastas,arrumei e organizei os cromos. Depois digitalizei e junto com outras coisas cai na estrada.
Numa quinta feira, ao meio dia, peguei a Rodovia Fernão Dias e de noite chegava em Belo Horizonte. Família me esperando, cervejas e abraços. Estou de férias do trabalho regimental.
Fico em Belo Horizonte alguns dias fotografando a cidade que passa por uma mudança urbanística na Av. Antonio Carlos. No sábado de manhã, andando pelo centro e fotografando seus ícones para agencias de fotografia, passo em frente Ed. Levy onde morou os Borges (Lô e Márcio) e foi local do início da parceria com Milton Nascimento e deu no que deu: Clube da Esquina. Subi no topo do prédio e de cima fotografei os 360 graus da ensolarada paisagem das alterosas.
O Mercado Municipal fica logo ali em baixo e lá uma porção de freqüentam o mercado na socialização do fim de semana. Os pequenos bares abarrotados de gente que cantam parabéns, vendem bilhetes de loteria, divulgam doenças femininas e muitas especiarias mineiras. Saímos embriagadinhos da silva.
No domingo às 5 da manhã acordo e levo meu Peugeot flex para a feira de automóveis do Mineirão. Preciso vendê-lo. O salário não deu pra pagar as contas. Ainda no sol nascendo estaciono na vaga junto com outros carros de meu irmão. Os fregueses chegam depois das 8h. Enquanto isso vou dar uma banda nas proximidades e fotografar. Na placidez da água da lagoa da Pampulha - caminho pela margem procurando um bom ângulo para fotografar a Igreja. Obra de três grandes artistas: Oscar Nyemeier, Candido Portinari e Juscelino Kubistcheck e que tanto deu no que falar logo depois de sua inauguração (ficou anos proscrita pelo bispo mineiro que considerava sua arquitetura agressiva para os princípios católicos). É encantadora sua arquitetura e murais. Em uma posição privilegiada de ver a igreja encontro João Martins, funcionário de uma empresa que produz cimento para construções e é o responsável pelo painel de controle do enchimento dos caminhões betoneiros. Pergunto se é para ver a beleza da igreja. Ele nem sabe de quem é. “Venho aqui pra pescar e espero tirar uma boa tilápia. Vi a televisão que pescaram uma de seis quilos”.Apostava forte com três varas de pescar na espera.
Contei pra ele a origem e a história da igreja e continuei meu caminho.
Na volta, para a minha vaga na feira, rodeio o Estádio Mineirão e fotografo o lado externo. Daqui há 5 anos vai ser palco de alguns jogos da copa do mundo de 2014.
A manhã corre modorrenta e poucos interessados no meu “leãozinho”. Volto pra casa como na canção de Caetano sem ter vendido nada na feira.
Tenho um encontro com amigos. Flavia Bizzoto está abrindo uma galeria de fotografia na Savassi. Ficou encantada com o portfólio que levei. Uma boa noticia na tarde de domingo.
No início da noite vou para o alto da Av. Afonso Pena fazer fotos noturnas. O frio seco da época, nas proximidades das montanhas de minério de ferro, pede uma casaco aconchegante. Muitas pessoas esperam ali um espetáculo teatral enquanto a noite vai chegando e as exposições fotográficas exigem mais tempo de abertura do diafragma.
Fico em Belo Horizonte alguns dias fotografando a cidade que passa por uma mudança urbanística na Av. Antonio Carlos. No sábado de manhã, andando pelo centro e fotografando seus ícones para agencias de fotografia, passo em frente Ed. Levy onde morou os Borges (Lô e Márcio) e foi local do início da parceria com Milton Nascimento e deu no que deu: Clube da Esquina. Subi no topo do prédio e de cima fotografei os 360 graus da ensolarada paisagem das alterosas.
O Mercado Municipal fica logo ali em baixo e lá uma porção de freqüentam o mercado na socialização do fim de semana. Os pequenos bares abarrotados de gente que cantam parabéns, vendem bilhetes de loteria, divulgam doenças femininas e muitas especiarias mineiras. Saímos embriagadinhos da silva.
No domingo às 5 da manhã acordo e levo meu Peugeot flex para a feira de automóveis do Mineirão. Preciso vendê-lo. O salário não deu pra pagar as contas. Ainda no sol nascendo estaciono na vaga junto com outros carros de meu irmão. Os fregueses chegam depois das 8h. Enquanto isso vou dar uma banda nas proximidades e fotografar. Na placidez da água da lagoa da Pampulha - caminho pela margem procurando um bom ângulo para fotografar a Igreja. Obra de três grandes artistas: Oscar Nyemeier, Candido Portinari e Juscelino Kubistcheck e que tanto deu no que falar logo depois de sua inauguração (ficou anos proscrita pelo bispo mineiro que considerava sua arquitetura agressiva para os princípios católicos). É encantadora sua arquitetura e murais. Em uma posição privilegiada de ver a igreja encontro João Martins, funcionário de uma empresa que produz cimento para construções e é o responsável pelo painel de controle do enchimento dos caminhões betoneiros. Pergunto se é para ver a beleza da igreja. Ele nem sabe de quem é. “Venho aqui pra pescar e espero tirar uma boa tilápia. Vi a televisão que pescaram uma de seis quilos”.Apostava forte com três varas de pescar na espera.
Contei pra ele a origem e a história da igreja e continuei meu caminho.
Na volta, para a minha vaga na feira, rodeio o Estádio Mineirão e fotografo o lado externo. Daqui há 5 anos vai ser palco de alguns jogos da copa do mundo de 2014.
A manhã corre modorrenta e poucos interessados no meu “leãozinho”. Volto pra casa como na canção de Caetano sem ter vendido nada na feira.
Tenho um encontro com amigos. Flavia Bizzoto está abrindo uma galeria de fotografia na Savassi. Ficou encantada com o portfólio que levei. Uma boa noticia na tarde de domingo.
No início da noite vou para o alto da Av. Afonso Pena fazer fotos noturnas. O frio seco da época, nas proximidades das montanhas de minério de ferro, pede uma casaco aconchegante. Muitas pessoas esperam ali um espetáculo teatral enquanto a noite vai chegando e as exposições fotográficas exigem mais tempo de abertura do diafragma.
Chegou segunda-feira e saio para outras fotografias. Entre estes atos, nas noites e madrugadas bato nas teclas e-mails e organizo a mostra que vou fazer em Ouro Preto na abertura do Festival de Inverno.
Em 1971 junto com o jornalista Fernando Brant, fizemos uma reportagem com o Grupo Living Theater - fomos os únicos jornalistas a ver e fotografar a montagem da peça Big Mother que eles apresentaram junto com as crianças do grupo escolar de Saramenha - cidade vizinha de Ouro Preto. A reportagem foi publicada na revista O Cruzeiro em junho de 1971. Logo depois o grupo foi expulso do Brasil por porte e uso de maconha. A história é mais longa.
Vou mostrar este trabalho com o som de um duo de voz e violão. Algumas destas fotos ilustram o livro “O diário de Judith Malina”. No dia seguinte será a vez do áudio visual Mãos. Em 1974, durante o festival de inverno, fotografei as mãos dos artistas, alunos e participantes. Fiquei um mês fazendo este trabalho. Agora vou exibir a montagem original com uma nova animação e trilha sonora que está sendo criada pelo Vitor Novais.
As projeções serão no inicio da noite na parede da Escola de Minas, ao lado da praça Tiradentes. Apareçam
Um comentário:
Ae Juva, mandamos bem. Já vou atualizar meu blog, agora tenho assunto, rs. Valeu Juva, belo trabalho, muito orgulho ter participado da versão 2009 de "Mãos".
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