segunda-feira, 13 de abril de 2009

Chagal e Manoel de Barros

Marc Chagall – Passeio, de 1917

Retrato de artista enquanto coisa

A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito
que abre portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai.
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
Manoel de Barros

3 comentários:

nana tucci disse...

Belíssimo
Obrigada!

Usha Velasco disse...

Amo Manoel de Barros. Fiz um ensaio fotográfico com esse nome, Retratos do Artista Quando Coisa. Está em http://retratosdoartistaquandocoisa.blogspot.com/,
dê uma olhada...
Demais o seu blog, parabéns! Eu já era sua fã, agora sou mais ainda.

Lucia São Thiago disse...

Lindo!!
Eu tenho desenhado os poemas e frases dele. Veja no meu blog.
http://catadoradecarambolas.blogspot.com/