quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O Vazio

Mesa-redonda no MUBE


Ivo Mesquita (curador da 28a Bienal), Elvira Vernaschi da APCA (mediadora) , o critico Olivio Tavares de Araujo, os artistas plásticos José Roberto Aguillar (pesidente da Cooperativa dos Artistas Plásticos de São Paulo) e Ivald Granato estiveram reunidos hoje à tarde no MUBE, Museu Brasileiro da Escultura para discutir, em mesa-redonda, o tema da 28a Bienal de SP: "Vazio".
Muitos cairam de pau em cima do tema e do curador. Outros foram mais generosos e outros poucos naquele lenga-lenga de que estamos em crise, que o governo está em crise, que as instituições estão em crise, que o curador é um ditador, etc e tal e coisa.
Foi democrática.
Ivo Mesquita, com sua elegância e diplomacia absorveu tudo. Fazendo anotações. Ele e Lisette Lagnado foram os únicos que ficaram na mesa enquanto durou a reunião. Os outros iam para o bar e voltavam. Ivo deixou a impressão de que a curadoria tem bons ouvidos, sabe falar e é eficiente.

Ivo Mesquita


No final Aguillar defendeu o tema do vazio, evocando o Zen: vazio é um espaço para ser preenchido é uma ótima oportunidade para reflexões. Apresentou a proposta "Aberto do Aberto" para acontecer em agosto, dois meses antes da Bienal, que pretende no primeiro estágio ocupar os espaços abertos da cidade com murais, grafites, pichações, pinturas em lonas plásticas que possam ser amarrados como standartes em postes e outras locações. No segundo estágio ocupar o Parque do Ibirapuera e em cidades do interior do estado, durante a Bienal. Depois numa dimensão nacional, em parceria com o Ministério da Cultura.
Ivald Granato aresentou documento com reinvidicações do grupo G11.
Um outro queria que o curador destinasse 3 milhões de reais para que artistas preenchessem o vazio do segundo andar da Bienal.

Aguilar, no microfone.


Como o tempo não foi suficiente para que muitos se manifestassem ficou a proposta de uma nova mesa-redonda, em data a ser definida.
Vazio mesmo estava o auditório com menos da metade de suas cadeiras ocupadas.

Pois é, depois reclamam da falta de diálogo.

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