domingo, 13 de janeiro de 2008

DJ Biló


Em 27 de julho de 90 no Jardim Samara, zona leste de São Paulo, Biló fez o seu primeiro baile. O sucesso da noite?
"La bamba" com Trini Lopez.
Aqui um pouco da história, bem de antes.
Quando era menino tinha alí no Jardim Samara uma escola de samba (Folha azul dos marujos) e o convidaram para desfilar. No ano seguinte já era o apitador da escola, aquele que faz a marcação e gostou. Depois foi mestre da escola e gerenciava a bateria.
Perto dos anos 90 começou a comprar discos, amplificador de som, pick up e, com um par de caixas emprestadas - do filho do Zuquinha (o dono do bar onde foi feita a foto aí de cima) -,
fizeram o primeiro baile. Deu pra pagar as contas e sobrar uma merreca.
Como os sócios do Recordar é Viver não "chegavam" na hora das contas, Biló conversou com a Aldira Caetano de Campos, mais conhecida como Dina, sua mulher, e ambos levaram adiante os bailes. "Ela cuidadava de tudo, da organização, das mesas, dos convidados..."
Conheci o Biló fazendo a festa do Baile da Saudade no Clube Neaderthal, em maio de 2006, um mês depois da morte da Dina.
Como já disse antes, aqui neste blog, o Caderno 2, do Jornal O Estado de S. Paulo publicou uma página inteira para a matéria sobre o baile com texto do meu querido amigo Jotabê Medeiros.
Hoje, 13 de janeiro de 2008, fui até o Jardim Samara conversar com o Biló e pedir sua autorização para usar sua imagem no material de divulgação do evento Maestros Mecânicos, que vai rolar no SESC Ipiranga a partir do dia 25 de janeiro até 1 de fevereiro. Uma homenagem aos 50 anos da discotecagem no Brasil.
Encontramos o Biló - eu e o historiador Paulo Rafael, no Bar Zuquinha, ali na Rua São Turíbio.
Ele não bebe mais. Já gostou de umas cervejinhas. "Quem não gosta", diz ele, finalizando com uma gostosa gargalhada. Aliás, ele não economiza gargalhadas e foram fartas durante toda a conversa.




Montamos o nosso bureau de campanha numa das mesas do bar. Abri o lap top e mostrei as peças gráficas onde iam as fotos de sua pessoa e detalhes da sua mão.
Ele ficou contente.
Me apresentava para os amigos que iam chegando para o papo do domingo à tarde.
Acertamos os detalhes do pagamento, da documentação necessária.
"Autorizo!", falou quase que como uma sentença.
Veio uma cerveja do balcão com um recado: "Mandaram colocar na sua mesa."
Sutilezas que os amigos tecem.
Chegamos lá perto das 3 h e o papo rolou até as 6 da tarde.
Quando fui pagar conta, Biló não deixou.
Mano, esta conta fica comigo!
Na despedida me falou: "Foi Deus que te mandou aqui e não foi à toa."
Vamos nos ver novamente no dia da abertura do evento "Maestros Mecânicos". Dia 25 de Janeiro.


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