Desde então sou buzeiro (ando de ônibus e metrô em Sampa) e curto o prazer da leitura, da observação dos passajeiros, da diversidade de pessoas, estilos de vida, padrão financeiro, idade, sexo, cor, vestuário, tom de voz, cor dos olhos, decotes e perfumes. Escaneio tudo com o olhar, olfato, audição e às vezes o tato. Fica faltando o paladar mas, vez por outra pego um amendoim torrado e doce no camelô da Av São Luiz e vou ruminando na subida da Consolação e descida da Dr Arnaldo. Já lí Voltaire, Maquiavel, Portais búdicos, teses da USP e vi muita, muita gente. Até alguns amigos e agora sou caroneiro ou, nas emergencias, ando de taxi.
As observações de caroneiro.
Todos os motoristas que pego carona, todos, são envolvidos por uma estranaheza enquanto dirigem. Brigam com o carro que ultrapassou o outro lá na frente, com aquele que vinha ao lado e forçou a passagem, do que abriu a porta e bloqueou o fluxo, daquele que tá falando no celular, daquele com o farol alto, daquele que encostou na vaga logo em frente daquele, brigam até com o vento... uma infinidade. O carro, nas cidades é neurotizante, mas na estrada, principalmente naquelas sem tráfego é o maximo. Ainda vou voltar a ter um para estas ocasiões. Cair na estrada (on the road) parar numa cachoeira, praia deserta, água de bica, abrir porteira, ver a boiada passar e aquela moça na janela, heim?
3 comentários:
Apoiado, Juva!
Eu também, por motivo de força maior, agora ando de bumba! Depois de ler seu post, vou aproveitar mais para olhar o mundo, me desneurotizar, deixar o motorista me levar (vida leva eu)...
bjs
BOA!
Além disso, renovando minha noite mal dormida, eu tiro um conchilo.
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