Em março de 1955 fomos juntos com o cachorro Fiel, papagaio, umas coisinhas miúdas e outros irmãos, na carroceria do caminhão Chevrolet Tigre, para Belo Horizonte.
Por ser o caçula era o preferido da mamãe e assim foi por muitos anos. Vivi com eles até 1971 quando caí na vida do jornalismo e me mudei de Belo Horizonte.
De vez em quando voltava e nos encontrávamos. Ele tinha uma maneira muito própria de viver. Gostava de cavalos, boas roupas, mulheres e carros. Com o tempo se profissionalizou como vendedor de carros e ganhou alguns prêmios pela sua performance nas revendedoras autorizadas.
Mudou para Brasília e de lá para Goiânia onde casou e teve um filho.
Construiu uma casa confortável nos arredores de Goiânia e plantou frutas. Fez um cantinho gostoso onde convidava os parentes e amigos para churrascos e cervejadas regadas com piadas divertidas. Ria gostoso.
De uns tempos pra cá seu fígado ficou fragilizado e foi parando de funcionar até nesta última quinta-feira do carnaval quando parou de vez e provocou a falência de outros órgãos e ele se foi.
Em abril do ano passado veio me visitar para se consultar com bons médicos.
Diagnosticado, optou por se cuidar, à sua maneira. Não quis fazer o transplante, sisudo com os efeitos colaterais.
Quis conhecer as praias paulistas.
Fomos para Camburi e Praia da Baleia.
Ali tomou o seu último banho de mar.
9 comentários:
Juvenal,
"Ninguém larga sem dor o que possui com amor". O décimo oitavo filho de Manezinho e D. Aurora se foi e é com muita dor que sinto isto. Bela homenagem "Varrendo o Terreiro". Junia
Meu amigo, eu me interessei pelo seu trabalho e gostaria de perguntar: você é o mesmo Juvenal Pereira que fez um ensaio fotográfico denominado "Canavial", (ca. 1990)?
Querendo responder, pode responder aqui mesmo ou comentando no meu blogue, onde o último post é uma homenagem a ti, se você for o mesmo autor de "Canavial".
Um abraço.
Sim, fiz o trabalho do Canavial para o Museu da Imagem e do Som que possui no acervo estas imagens.
juvenalpereira1@gmail.com
É...e a vida? O que é o que é diga lá meu irmão! Não sei se por obra do destino, mas Tio Edson - o irmão mais velho e agora Tio Reginaldo - o irmão mais novo. Devem tá com a "brava" Dona Aurora e o Cantante simpatico ( que não tive a honra de conhecer) vô Manuel. E um salve pra tia Regina, mulher de fibra e garra, companheira incansavel do tio reginaldo. Descanse em paz tio
Edna
Juvenal,
É com imensa tristeza que faço o meu comentário. Como diz o ditado viver,crescer e morrer. os dois primeiros a gente comemora o terceiro a gente chora, um choro sentido de perda irreparável. Muito significativa a homenagem "varrendo o terreiro". Era uma característica dele.
Ju
Á vida nos dá algumas coisas que já sabemos a vida e a morte. porém a dor da perda é muito grande, ireparável, morreu o nosso irmão prematuramete, mas descansou.
Interessante a filosofia dele, "varrendo o terreiro" era uma característica dela.
Querido brother: a gente jamais perde aquilo que ama. Lembrar sempre e com carinha é a essência dessa magia. Palavra de teus amigos Aninha, Luiz e filhas.
é...
meu pai foi um grande homem,deixou varios legados...
O mais importante para mim foi a luta e a garra que ele sempre teve,ate os ultimos momentos de sua vida.
Muito Obrigado por essa homenagem Tio Juvenal.
Puxa, que alegria ter encontrado o autor daquelas belíssimas fotos que tanto me encantaram. Meu caro, entrarei em contato contigo por email em breve.
E já agradeço por responder tão prontamente à questão inusitada de um completo estranho.
Postar um comentário