Despedi do Luiz Prado e da Luludi em frente à entrada da estação São Bento do Metrô. Fui alí, na Florêncio de Abreu, comprar umas ferramentas e fiz uma visitinha rápida aos amigos.
Já no piso de entrada das catracas ouvi gritos: ”Deixa eu passar. Quero meus direitos de ir e vir”
A cena: Um cadeirante sendo impedido pelo segurança do metrô de andar com a cadeira. "Você não pode!" Dizia o guarda nervoso. O ajudante do cadeirante reclamava também, muito nervoso: "Olhem isto! Que absurdo!” se dirigindo para uma pequena aglomeração. Ficaram bravos. O cadeirante sendo contido pelo segurança, se contorcia e dava murros na sua perna. O segurança, neste momento, deu um puta tapão na cabeça do cadeirante. O outro segurança ficou distante e conivente com o que estava acontecendo. Eu fui pra cima e fotografei tudo. Algumas pessoas com celulares gravavam a cena. Cheguei perto do ouvido do segurança (que deu o tapão) e gritei: Covarde!
O clima começou a ficar tenso e dei o fora. Um rapaz me deu guarita e desci as escadas pegando o Metrô no sentido Jabaquara.
Entre as pessoas que entraram, duas senhoras conversaram comigo sobre o incidente.
"O rapaz da cadeira que começou a agredir primeiro". Me disse a psicóloga que está passeando no Brasil. Ela vive em New Jersey, 35 km de Nova York.
Um segurança deve estar preparado para uma situação como esta. Não é justo bater em um aleijado. Argumentei.
A conversa foi esclarecedora do que não ví. Fomos papeando até a Estação Paraíso.
Lá ela também pegou a Linha Verde para a Vila Madalena. Sentamos juntos no banco para mostrar as fotos.
Sin tarjeta! Acusava o visor.
Resumindo. As fotos não existem.
Sábado de manhã fiquei encucado com a história e pedi uma ajuda ao meu amigo Laudo, cartunista de primeira, e contei a história. Ele fez esta ilustração.
Eu não podia deixar barato.
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2 comentários:
Revoltante, estúpido demais. Lembra os tempos de ditadura. Porém, com o governador reprimido (sexulamente falando, notem sua postura entrevada) Nada mais se espera. Guardas ignorantes, brutamontes a serviço de um estado de travados. Freud explica.
Grande ilustração de meu irmão, Laudo.
Carolhes, Juva. Se bem que seria uma sacada de lascar, ninguém tem pica de mexer com o metro de sp, a mídia nunca divulga merda nehuma que deve rolar naquele lugar...
parece uma cidade que não existe, Blade Runner, saca?
Rídiculo o "estado" arrogante do metro... é meio Big Brother do livro e isso já caiu de uso em muitos lugares, mas eles insistem. A música NUMB do U2 seria a trilha perfeita. Não, isso, não aquilo... Numb=Paralisado, mudo e calado. Não sente no chão....
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